Tal coisa nasceu de uma grande confusão existente entre conceitos paralelos e conhecimentos perdidos sobre as diferentes rodas-do-tempo (ou kalachakras), e aqui temos o passo-a-passo para solucioná-la. As confusões são como o velho jogo do “telefone-sem-fio” onde no final da linha a mensagem inicial acaba completamente modificada. Uma transmissão de informação é geralmente influenciada pela bagagem de informação (ou falta dela) de quem a recebe.
Naturalmente nem tudo acontece de forma absolutamente inocente. Existe nas seitas e religiões uma intenção de perpetuar as coisas como estão, sobretudo desde o ângulo espiritual, a ponto de criarem até mesmo calendários e cronologias totalmente fantasiosas para as coisas.(1)
Deste modo, temas abstratos ou misteriosos, relacionados a segredos zelosamente guardados, tendem naturalmente a sofrer deformações especiais quando uma cadeia legítima de transmissão é quebrada. Então, siga as perguntas anunciadas aqui no Diagrama abaixo. E depois desse pequeno exercício de cosmologia aplicado, muitas portas novas poderão se abrir.
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1. O Manvantara (ou “Dia de Brahma”) de 4.320.000 anos é apenas um ciclo velado que “não existiria” de fato pois dividido pela Chave esotérica de 360 resulta no “famoso” ciclo de 12 mil anos -e que junto ao Pralaya (“Noite de Brahma”) dá o Grande Ano de Platão completo. É o círculo maior do Diagrama com seus “grandes Yugas” (“Idades do Mundo”).
2. Havia na Índia Medieval mais de um ciclo que empregava a linguagem dos Yugas. O ciclo menor era similar ao atual “Drama do Mundo” com 5 mil anos da Escola Brahma Kumaris. Corresponde também ao verdadeiro conceito oriental de “raça-raiz” dos teósofos. São os círculos menores internos do Diagrama, também com seus “pequenos Yugas”.
3. A morte de Krishna que se diz anunciar “o começo do (grande) Kali Yuga atual”, na verdade ocorreu no final no pequeno Kali Yuga Atlante, pois avatares sempre vem nesta transição de ciclo completos -ver indicação com flecha no canto superior direito do Diagrama.
4. Atualmente estamos concluindo um novo Kali Yuga racial, o da Raça Arya. Decorre disto que fato análogo ao de Krishna também é anunciado para suceder agora com um avatar de categoria similar que é Kalki -ver indicação com flecha no canto inferior direito do Diagrama.
5. Estes dois “pequenos” Kali Yugas foram indevidamente reunidos no imaginário popular sob a suposição de se tratar do “Grande Kali Yuga” (daquele fantasioso Manvantara velado de 4.320.000 anos), ocupando a todo este tempo, quando na verdade muitos Yugas tem se passado então, e tanto na Grande Roda como nas Pequenas Rodas, como se percebe no Diagrama.
6. O verdadeiro Kali Yuga do Manvantara maior ainda não começou, e somente virá em meados da Era de Aquário -ver também ao pé da Grande Roda do Diagrama, através da faixa intermediária das Eras astrológicas.
7. Aliás o verdadeiro momento das transições completas recebe o nome especial de “Idade do Diamante” (Vajra Yuga), fato geralmente ignorado na divulgação dos ciclos do mundo, mas também praticado em certa medida pelos próprios Brahma Kumaris citados.
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Se você conseguiu compreender estas questões básicas de cosmologia, está preparado para compreender também os verdadeiros mistérios velados pelo profundo simbolismo das Estâncias de Dzyan, tal como a realidade dos ciclos raciais e planetários “velados” pelas doutrinas teosóficas. Incluindo a chegada dos grandes Kumaras no final da ronda (Pralaya) anterior, como indicado na flecha no canto superior esquerdo do Diagrama, e suas importantes analogias com o momento atual de transição planetária.
Notas:
1. Assim, há quem imagine poder parar o tempo meramente inventando cronologias irreais que não condizem com os fatos, destinadas apenas a preservar o sentimento subjetivo de uma infância sagrada. É preciso porém despertar para a realidade depois de certo tempo, senão a mística pode virar escapismo e alienação, e avançar então para os Yogas maiores que também empoderam a pessoa dentro da própria realidade, como é o caso do Agni Yoga.
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Para saber mais
O registro do Kali Yuga: erros e acertos
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Sobre o Autor
Luís A. W. Salvi (LAWS) é estudioso dos Mistérios Antigos há mais de 50 anos. Especialista nas Filosofias do Tempo e no Esoterismo Prático, desenvolve trabalhos também nas áreas do Perenialismo, da Psicologia Profunda, da Antropologia Esotérica, da Sociologia Holística e outros. Tem publicado já dezenas de obras pelo Editorial Agartha, além de manter o Canal Agartha wTV.
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