ASTROSOFIA

ASTRO-FILOSOFIA - ASTROLOGIA SIMBÓLICA - ASTROLOGIA PITAGÓRICA - A CIÊNCIA DOS CICLOS OU CICLOSOFIA - ASTROLOGIA ESOTÉRICA, COLETIVA & MUNDIAL
"ASTROLOGIA PROFUNDA PARA UM MUNDO MELHOR" - CIÊNCIA & FILOSOFIA NOVAMENTE UNIFICADAS PELA SÍNTESE!"
Eis que vimos a Sua estrela no Oriente e viemos homenageá-lo." Mt 2,2 (sobre os Reis-magos astrólogos)
"Eu (acredito em Astrologia porque) estudei o assunto, e o senhor não." Isaac Newton (a um crítico da Astrologia)

Disse uma sábia, fazendo eco a Newton, que "a Astrologia não é uma questão de crer, mas de conhecer" (Emma C. de Mascheville). E este se revela o único grande problema, ou seja: o de conhecê-la de fato, coisa dificultada ora pela sutileza de seus postulados, ora pelos desvios que sobre ela se acometem a partir disto. Mas nada disto desmente a sua importância histórica, que tem norteado os rumos das civilizações por milênios, sendo mesmo hoje respeitada sábios e presidentes.
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Astrologia & Profecia


É bem sabido que a Astrologia representa um dos grandes fundamentos da profecia e também da mitologia. E se ela comumente fundamenta à última, também contribui preciosamente como um magno instrumento para a primeira. Certamente a Astrologia é um dos grandes temas das Escolas de Profetas (ou das Escolas Iniciáticas), que norteam os rumos das civilizações. Porém, o que diferencia realmente um astrólogo de um profeta?

Ao lado: Nostradamus analisando os astros

Analisando a atividade do profeta, observando que uma de suas grandes características é, justamente, o alcance coletivo de seus atos. Assim, a Astrologia Mundial, exercida de forma consciente ou não, seria portanto um dos elementos da profetismo.


Mas muito especialmente na sua vertente esotérica, que trata das estruturas cósmicas originais, à maneira de Platão. E somente depois dos fenômenos físicos, e ainda assim daqueles que seriam extraplanetários, que influencia os grandes ciclos terrestres.

Mas isto não seria tudo. Não basta um certo padrão exterior de conhecimento (muitas vezes distorcido e mitificado). É preciso também uma energia condizente. Neste caso, estamos falando de iniciações, e até de iluminação. A energia do profeta deve ser aquela da iluminação, pois o verdadeiro profeta detém não apenas saberes, mas também energias de alcance grupal. É isto que o leva a se interessar naturalmente pela Astrologia Mundial.

No caso, se trata de uma Astrologia devidamente reintegrada e inserida em suas restantes ciências irmãs, como são a cosmologia e a alquimia e a hierofania. Podemos dizer que a cosmologia está para a astrologia assim como a alquimia está para a hierofania, ou seja: lhes servem de base, nas esferas individual (quaternário) e coletiva (tríade). Esquematizemos:

ESFERA INDIVIDUAL ........ ESFERA COLETIVA

...... Cosmologia ................... Astrologia
...... Alquimia ....................... Hierofania
Assim, a relação direta da Astrologia esotérica é realmente com a Hierofania, enquanto expressão mundial da Astrologia. E por princípio, quando estamos tratando de um astrólogo esotérico, também estamos falando de um profeta. Nisto, alguém poderá naturalmente perguntar: "Será este o caso dos vários astrológos esotéricos que apareceram durante o ciclo teosófico?" Este seria na verdade um típico trabalho de Escola, onde discípulos têm acesso a fragmentos orginais de saber graças ao alinhamento com uma Fonte original e tudo o que ela significa em termos de universalidade. Trata-se neste caso de um saber mais caracterizado ela graça (isto é, um saber gratuito –hoje falaríamos em termos de "canalização" ou mediação) do que por verdadeira inspiração.

Sabemos, por exemplo, que os milhares de trabalhos atribuídos a Hermes Trismegisto e a Gautama Buda no decurso dos séculos e dos milênios, se devem na verdade ao trabalho criativo de discípulos, que têm acesso ao saber graças ao alinhamento de consciência com o Dharma original. É inclusive natural que, sendo a Roda do Dharma dinâmica, cada expoente apresente a sua própria cota de renovação. Neste caso, o Dhama original segue sempre servindo de base ou fundação, tal como o Buda prossegue sendo o fundamento de toda a iniciação.

Mas a chave aqui buscada é que, na verdade, o conhecimento também é dado por vezes como preparação para algo novo. A Nova Era é, afinal, algo "inelutável", e o Plano do qual Blavatsky fez parte se destinava textualmente a preparar a humanidade para ela (cf. Bailey, em Os Raios e as Iniciações). Em torno a um Buda aparecem vários arautos de menor porte –alguns até antes Dele–, mas também sempre muito importantes, e a chegada do Buda é uma das grandes razões para estas missões paralelas e complementares.

Por isto é que, à época de Alice A. Bailey, seu mentor interno revelava não haverem astrólogos esotéricos então encarnados no mundo. Isto excluía a própria Bailey de ser vista como profetisa, embora o Plano que integrava não a colocasse exatamente abaixo de Blavatsky –que não obstante apresenta uma inconteste primazia temporal e até uma exuberância sui generis, tendo tido ainda assim seu caráter bastante criticado já no próprio ciclo teosófico, pese também ser tida por muitos seguidores ela mesma como "adepto" e, inspirados na doutrina tibetana, até uma tulku. Bailey merece, todavia, ser igualmente considerada u'a mui autêntica e superior pitonisa, tendo oferecido nítidos progressos ao Plano de preparação da humanidade, inclusive a própria formulação ou revelação deste Plano.

A mesma mensageira afirmou que todo o material teosófico era tema para principiantes na Nova Era. E o fez certamente sem nenhum menosprezo, como tampouco foi presunçosa no afirmar que seu próprio trabalho era meramente intermediário, tendo em vista algo mais elevado e conclusivo surgir na continuação. Assim, a Astrologia Esotérica em si não deixa de ser também matéria elementar. No mesmo sentido, a natureza instigadora das missões proféticas não deve ser confundida com eventuais gestos de ativistas. Um profeta não se limita a expôr e a aconselhar, mas também fomenta e trata de fazer acontecer as coisas que sabe necessárias. Nisto, entram como elementos característicos as qualidades excepcionais de seu trabalho, como equilíbrio, profundidade e vastidão, de forma inconteste e inconfundível.

* Revista Órion de Ciência Astrológica, nº 11, FEEU, P. Alegre, RS.

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