ASTROSOFIA

ASTRO-FILOSOFIA - ASTROLOGIA SIMBÓLICA - ASTROLOGIA PITAGÓRICA - A CIÊNCIA DOS CICLOS OU CICLOSOFIA - ASTROLOGIA ESOTÉRICA, COLETIVA & MUNDIAL
"ASTROLOGIA PROFUNDA PARA UM MUNDO MELHOR" - CIÊNCIA & FILOSOFIA NOVAMENTE UNIFICADAS PELA SÍNTESE!"
Eis que vimos a Sua estrela no Oriente e viemos homenageá-lo." Mt 2,2 (sobre os Reis-magos astrólogos)
"Eu (acredito em Astrologia porque) estudei o assunto, e o senhor não." Isaac Newton (a um crítico da Astrologia)

Disse uma sábia, fazendo eco a Newton, que "a Astrologia não é uma questão de crer, mas de conhecer" (Emma C. de Mascheville). E este se revela o único grande problema, ou seja: o de conhecê-la de fato, coisa dificultada ora pela sutileza de seus postulados, ora pelos desvios que sobre ela se acometem a partir disto. Mas nada disto desmente a sua importância histórica, que tem norteado os rumos das civilizações por milênios, sendo mesmo hoje respeitada sábios e presidentes.
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Luz sobre a Astrologia: os Caminhos da Boa Ciência


Como editor de uma revista especializada em Astrologia, não tanto na sua práxis pessoal mas coletiva, e também na investigação filosófica de seus fundamentos, podemos apresentar algumas conclusões importantes a esta altura das coisas. Através disto, se pretende projetar uma luz definitiva sobre algumas das mais polêmicas questões que cercam o tema. Pese a sua profundidade inevitavelmente tocar em novos mistérios.

Com certo pesar, também investimos na denúncia contra sistemas inteiros edificados sobre alguns erros clássicos.

A Questão do Zodíaco

Os verdadeiros conceitos astrológicos se caracterizam pela sua sutileza e também por seu mistério. Idéias como a da unidade dos mundos e a visão das leis matemáticas como entes causais, pertence unicamente a uma certa mentalidade superior.

Atentemos para a seguinte mensagem:

Oh, quão falsos saberes imperam nestes dias!
Por todo lado por onde alguém se volta
vemos grassar a ignorância e o falso saber.
Como bola de neve, um erro conduz ao outro.
E nada mais triste e estulto
Será ver uma tal discussão de cegos.

Contudo, que parte tem o homem com as estrelas,
Se porventura ele tem luz própria
recebida do Criador?
Daí se entender que a causa das coisas
estaria fora do homem
–isto é, de Deus Ele Mesmo.
Todo o mistério reside na verossimilhança:
de ter sido o filho feito à imagem do pai,
o inferior como um espelho do superior
assim como a mulher como parte do homem
e a alma como símbolo da forma.
Confundiram-se então, uma a uma,
as relatividades Fonte
de toda a sabedoria boa e veraz;
E assim, toda a arcana ciência
alcançou sua derrocada,
Ao se entender, sim, como Pecado Original,
a heresia da separatividade.


Daí a se perder o nexo
das Rodas do Tempo foi só um passo.
De início o interior com o exterior,
Em seguida, o inferior com o superior,
E finalmente, o posterior com o anterior.
(Néscia Sapiência, d´O Livro Auri-Verde)
A idéia de que Áries atualmente situa-se sobre Aquário, pelo fato de ali hoje incidir o ponto vernal, é um enorme equívoco e uma confusão conceitual sem paralelo. Ora, se houvesse este vínculo permanente de Áries com o ponto vernal, simplesmente não haveria um verdadeiro Ano Cósmico, porque não existiria evolução celeste, no que se refere aos signos –daí o problema de confundi-los com as constelações. Este translado esvaziaria o caráter astrológico do zodíaco, que tem natureza fixa, numa falsa mudança de signos descaracterizante e sem sentido.

Os leigos pensam que apenas porque o ponto vernal incidiu sobre Áries, no começo do Zodíaco, há dois mil anos, e porque esta situação hoje se alterou, o signo inicial também deva ser movido, ou seja, como se houvesse um vínculo permanente entre ambas as coisas. Quando na realidade, o que demarca o início do Zodíaco sideral, não é o ponto vernal, mas algo maior e mais misterioso, alguma outra instância cósmica desconhecida ou apenas presumida no geral.

Ora, se o ponto vernal planetário deriva da inclinação do planeta (que supormos ser produzido pelo pólo magnético), não é possível distinguir o ciclo cósmico (ou solar), por sua vez, da questão da elipse sistêmica, em si mesma um mistério ainda inexplicado pela ciência. Mas que, pelos dados tradicionais, começa a ter descerrados os seus primeiros véus, nas recentes identificações de pólos solares, mesmo que não se compreenda o nexo causal entre tais coisas, já que a natureza das forças cósmicas representa um campo ainda muito novo; que a Astrologia Profunda já investiga, porém, há vários milênios.

Se o ponto vernal do ciclo planetário resulta no zodíaco solar fixo com seu sistema de Casas diário anexo, o ponto vernal do ciclo solar determina, por sua vez, também um sistema de Casas cósmico, bastante desconhecido da humanidade até há pouco tempo.

Assim, existe realmente uma estrutura original que deriva desta correlação, embora seja um sistema bastante ignorado dos próprios astrólogos: é o chamado sistema de casas sideral, tal como divulgado de início por Emma C. de Mascheville. É a partir daí, que se pode esperar de fato resolver completamente a todo este dilema. Neste caso, Aquário ocuparia hoje a Casa I ou a "Personalidade" mundial, correspondendo os outros signos às Casas subseqüentes. Neste passo sideral, cada Casa tardaria 180 anos para ser atravessada.

Mas nada disto interfere, de maneira direta, em zodíacos menores, antes determinando tais Sistemas de Casas, relativamente subordinado aos zodíacos.

Todas as convenções astrológicas continuam, portanto, válidas, mas os marcos de tempo são dados, melhor que tudo, pela chegada dos avatares. A vinda destes seres incide sobre momentos bem definidos na evolução dos povos, vindo ao mundo com missões especiais e visando determinar efeitos precisos sobre a evolução sócio-cultural das nações.

Astrologia Oriental: Generalização & Pseudo-Cientificismo

A Astrologia Oriental se julga científica por valorizar ao máximo a precessão dos equinócios, projetando-a ao nível universal. Mas isto para nós contém dois equívocos.

Primeiro, que o cientificismo astrológico derive necessariamente das leis da Física mediante uma pretensa influência astronômica. Segundo, que o zodíaco sideral representa algo como um paradigma universal, quando na verdade é apenas o padrão de uma dada esfera, totalmente independente de outras, com seus próprios ciclos, como são os casos do zodíaco trópico e do domal.

Ocorre que o zodíaco não é na realidade uma esfera astronômica, mas sim astrológica. Ela não é espacial, mas temporal. E nem as energias astrológicas são de natureza física (ou emanadas de fontes físicas), mas psíquica.

O zodíaco representa etapas de uma evolução da consciência em diferentes níveis: individual, coletivo e planetário. Neste sentido, os zodíacos mais "palpáveis" sequer são aqueles de maior grandeza, como o sideral, mas outros menores como o solar-trópico ou o domal-sistema de casas, baseados respectivamente nos ciclos do ano e do dia.

O importante aqui é como o indivíduo atua sob as influências astronômicas, e não o que estas supostamente fazem sobre a pessoa. E ainda que em termos operacionais, isto não altere necessariamente a praxis astrológica, muda com certeza a concepção de seu funcionamento.

Nisto, o ciclo sideral trabalha com grandezas demasiadas para mensurar objetivamente, ainda que seja isto possível mediante analogias. Seria muito eficiente para tais efeitos, o conhecimento do ciclo das glaciações e outros fenômenos naturais que influenciam o comportamento humano. Será que a Era de Capricórnio incide sobre um ciclo glacial, tal como o signo solar o faz com o Inverno? São coisas assim que importam realmente saber.

Neste sentido, existem realidades físicas por detrás, mas nunca para criar diretamente o zodíaco, no sentido emanativo do termo. Refere-se simplesmente à evolução do tempo e seu reflexo sobre a consciência humana, dos ciclos de luz-e-sombra, por assim dizer.

Existe uma falsa impressão de que a escala sideral seja uma espécie de matriz universal do zodíaco, quando na verdade isto não tem qualquer procedência. O equívoco é compreensível; afinal, o dia e o ano também cruzam os mesmos céus, ainda que em ritmo menor e até com outros referenciais. Contudo, as vária esferas são totalmente independentes, porém análogas (segundo a regra esotérica de "como é em cima é em baixo"), mesmo que nem todas tenham a mesma estrutura exterior.

Barbault definiu o Grande ano de Platão como "o dogma máximo da Astrologia", A palavra se aplica bem aos astrólogos físicos, que adotam o Ano Cósmico como um dogma astronômico, da natureza de um zodíaco Primal ou original, e não apenas uma esfera entre outras, de grandeza maior.

Contudo, a expressão "dogma máximo" pode ser vista em dois sentidos: máximo como o maior, e máximo como o mais importante. Os simbolistas optam pela primeira visão, e os fisicistas pela última.

A visão materialista da astrologia, não concebe uma outra estrutura como pano-de-fundo para depreender e organizar as energias zodiacais. A astrologia original trabalha basicamente com a idéia de ciclo e transformação, algo certamente um pouco refinado demais para os espíritos estáticos e materialistas. Assim como com a passagem do tempo, sem maiores referências espaciais.

A estrutura da astrologia Hindu sugere, no entanto, haver pouco esclarecimento acerca da verdadeira natureza do zodíaco em geral e, em particular, do horóscopo mundial, ainda que pretenda justamente nisto ser mais exata, ao confundir de tal modo signos e constelações, e fazer do ponto vernal um indicativo zodiacal e não um determinante domal. Pois o correto seria, a partir deste ponto, determinar um sistema de casas, tal como fez Emma de Mascheville, demonstrando ser a chamada Era de Aquário que ora inicia, apenas a primeira casa de um sistema domal que divide os signos siderais em doze setores.

Deste modo, à primeira vista, certas posturas da Astrologia Oriental soa a coisa de amadores, face as confusões indevidas que apresenta, como se feita por astrólogos aficcionados pela chamada realidade científica.

Tudo indica que, como tudo o mais na cultura oriental, a Astrologia também traduz uma mistura de tradições puras com deformações temporais. Não há dúvida de que a Astrologia indiana apresenta um grande sincretismo, como sugere a adoção do zodíaco grego (ou caldeu).

Não estamos aqui para defender posturas étnicas, mas sim a verdade. Como tantas vezes acontece, a astrologia hindu é também uma reminiscência de saberes antigos, envolvidos pela poeira dos séculos, a exemplo do sistema de castas oriental. Felizmente, a questão do zodíaco indiano, ainda que se chame muita atenção para ele, não é o que há de mais importante na complexa Astrologia Oriental. Muitos outros elementos estruturais se acham ali presentes, como são os dashas e outras divisões dos signos e do zodíaco, onde se acham ocultas fórmulas importantes para a ordem social antiga, baseada em castas e sinastrias.



Resumo: a verdadeira Ciência

Como resumo, gostaria de concluir com o seguinte. O místico gosta de pensar que possui uma aliança com as estrelas, ainda que esta se apresente por vezes de natureza nefasta ("aspectos negativos", "planetas maléficos", etc.). A visão simbolista parece desfazer um pouco este encanto (mas também certos temores), reconduzindo a mente para aquilo que o místico deseja evadir, isto é, de volta à terra, preservando quando muito uma certa cumplicidade com o Sol. Não obstante, ainda é possível reatar as alianças siderais, já que a estrutura cósmica é muito complexa, e para além da referência meramente simbólica. Enquanto isto, é importante aprimorar a consciência solar e conhecer a evolução cíclica terrena, seus ciclos raciais e planetários, como os glaciais. E quem sabe redescobrir uma nova astrologia, onde os deuses são estrelas, e não o contrário. A mitologia oriental não parece estar longe disto, ao apresentar muitos avatares como figuras astro-simbólicas.

A astrologia pode ser científica? A nosso ver, seguramente pode. Até porque o termo "ciência" dá margem a uma gama cada vez maior de disciplinas e tendências. E neste sentido, o mais interessante é que, para ser científica, os caminhos da astrologia não devem ser buscados em alguns aspectos mais óbvios e antigos da ciência, do gênero da astro-física por exemplo. Pois a astrologia profunda não visa, na verdade, qualquer espécie de influência direta dos astros e constelações, mas antes uma dada correlação de esferas, onde o céu é apenas uma linguagem, para aquilo que acontece na terra, em função de uma certa correspondência de princípios, que a ciência também começa a vislumbrar. Assim, devemos buscar algumas linhas científicas que trabalham com analogias, como são os fractais, por exemplo, e o que já é mais conhecido, certas doutrinas conscienciais como é o caso do construtivismo.

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